BATMAN OU ROBIN?

George Clooney ou Chris O'Donnel?

Dúvida cruel. Na ficção, sempre preferi os atributos de Mr. Waine, mas na vida real sempre curti mais a leveza de um Robin. Cara ou coroa? 

Atire a primeira pedra a garotinha que já não suspirou pelo seu professor de matemática. Homens mais velhos são fontes de nossas mais longínquas e sórdidas fantasias desde sempre. O tiozão exala poder e poder é afrodisíaco: proteção e segurança não apenas material, mas emocional, principalmente. Tudo que nosso pai também oferece, Freud explica, coisa e tals. 

Mas como tudo na vida, há controvérsias.

Coroas são cavalheiros, te pagam o jantar, te levam a um bom motel  e, se bobear, ainda te dão uma aulinha de sexo e bossa nova. Têm maturidade para demonstrar sentimentos: no games, no pain.  Eles sabem como ninguém que a dança do acasalamento também pode ser deveras monótona. Diretos ao ponto, sem perder o romantismo. 

Já o garotão ainda está titubeando, decidindo se quer pêra ou maçã. Ainda está nessa de comer tudo e todas, no antropofagismo mais libertário do século. Fazendo o bem sem olhar a quem e achando que tá bombando, issae. O quarentão já passou desta fase (suponho, né? Tô na esperança que só George Clooney vive nessa solteirice irrevogável). 

Mas bem, vamos às controvérsias: o coroa não iria comigo ao show da Amy Winehouse, por exemplo. Também não se fantasiaria de morto-vivo para me acompanhar no Zumbi Walk. O cara mais velho também morreria sem entender minha preferência por calcinhas de bichinhos. E, a menos que ele tenha sido vocalista de alguma banda de rock nos anos 70, também não entenderia meu gosto por tatuagens e piercings. NELE, inclusive. Um coroa não brincaria de lutinha. Não veria meus filmes de terror favoritos. Não jogaria vídeo game comigo. Eu seria infantil, enquanto ele seria tédio.

Pausa dramática para lembrar Kubrick e sua Lolita ou Lewis Carrol e sua Alice no País das Maravilhas. Há uma linha tênue entre diferenças de idade e pedofilia, hein?

Já tive meus momentos por homens mais velhos, mas definitivamente, a moda Zé Mayer não faz minha cabeça. Mas não creio que’u represente a maioria, muito pelo contrário. A mulherada adora um grisalho, colega. Porque a gente é insegura, carente e tal. Homens mais velhos oferecem suportes pra esses probleminhas. Mas ó, não vá achando que somente sua grana e seu Sedan serão suficientes. Se é só disso que precisa pra pegar mulher, então merece o tipo de mulher que paga pega, seu loser. Conforto é bom, mas tem de ser MUITO bem aplicado. Prefiro que o garotão me pague uma boa rodada no Parque de Diversões que um prato caro num restaurante de luxo. Em qual dois dois ce acha que me divirto mais? 

Porém, como nem tudo são flores, moleques costumam agir como MOLEQUES. Isso se revela principalmente na falta de cavalheirismo. E não falo de abrir a porta do carro, nem de pagar a conta. Falo de gentileza, respeito, reciprocidade. De fazer a mulher se sentir sozinha mesmo estando com ela. De ser solidão a dois.

Bom, para caras ou coroas, há mulheres de sobra. A boa notícia é que a gente gosta de variar. Há garotos de alma antiga (e este são os que mais prezo) e há coroas infantis. Mais importante que idade, é feeling - Aquilo que ela só sente COM VOCÊ. Então, Batman ou Robin, não há muita receita. Sorte a nós!